Vocês estão na mesma sintonia?

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Esse ano, venho passando por várias transformações pessoais e profissionais que me fizeram refletir muito. Trocar de fisioterapeuta e tratamento foi uma dessas grandes mudanças. O impacto tem sido tão importante que resolvi compartilhar a experiência neste texto.

A Mari, primeira fisioterapeuta que escolhi sem ajuda da minha mãe, é uma pessoa muito importante na minha vida. Ela conseguiu transformar minhas sessões de fisioterapia, que até então eram, para mim, um grande tormento psicológico. Com outros profissionais, as sessões de fisioterapia só conseguiam evidenciar os pontos negativos da minha deficiência.

Com a Mari a coisa era diferente. Ela me ensinou que, para qualquer tratamento dar certo, é necessário existir uma conexão baseada no respeito e amizade entre profissional e paciente. Há uma sintonia energética, como existe na Física. Enquanto estou sendo alongada no colchão, por exemplo, a Mari vai me explicando a funcionalidade e os benefícios de cada movimento feito.

Neste ano, nossa relação como fisio e paciente acabou. E eu tive muito medo de não encontrar profissionais como a Mari para seguirem comigo. E, a cada novo fisioterapeuta que eu conhecia, a frase de Carl Jung gritava mais alto em minha mente: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas, ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” No fim, foram mais de 15 profissionais entrevistados por mim e a conclusão foi apenas uma: todos dominavam técnicas, mas faltava a alma humana!

Nesse mesmo dia, decidi mudar e conhecer profissionais com técnicas diferentes das quais estava acostumada. E, para minha feliz surpresa, nos primeiros cinco minutos de conversa, pude perceber que a alma humana pulsava ali. Sim, eu encontrei não só um profissional, mas dois – do jeitinho que eu precisava! Resolvi, então, apostar no inédito e introduzir novas técnicas ao meu tratamento.

Desde a adolescência, eu tenho vontade de treinar musculação, sem ter que necessariamente misturar exercícios de fisioterapia. Só que nunca tinha achado um personal trainer que aceitasse montar um treino respeitando as minhas limitações. Dessa vez, eu encontrei o Omi, que não enxergou a minha deficiência como um empecilho, mas sim como uma questão que exigia mais atenção. Por exemplo: preciso da ajuda do Omi para que minha mão direita segure os aparelhos. E é muito bom poder treinar quando se tem essa mãozinha. Nessas horas, nossa sintonia energética e respeito são fundamentais para o sucesso do tratamento.

A fisioterapia é algo de que vou precisar por toda a vida. Mas, depois de viver a experiência com a Mari, que me fazia compreender a necessidade de cada alongamento, eu não queria voltar mais para nenhum tipo de tratamento mecânico, onde o único objetivo é amenizar limitações.

Foi aí que conheci a Fer, fisioterapeuta e osteopata. Ela tem uma abordagem muito interessante de tratamento, pois trabalha o paciente como um todo, sem focar apenas na deficiência ou em alguma dor, algo bem comum entre outros fisioterapeutas. Assim como o Omi, a Fer foi mais uma surpresa agradável na minha vida e que me fez refletir sobre a presença da alma humana naquilo que exercemos.

E você e os profissionais que te ajudam, estão na mesma sintonia?

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