Pesquisa aponta que população é favorável à inclusão de pessoas com deficiência na escola regular

Maioria dos brasileiros entende que as escolas se tornam melhores ao promover a inclusão de estudantes com deficiências, segundo Datafolha

Foto de duas crianças sentadas em uma sala de aula.
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Para conhecer as percepções da sociedade em relação à educação inclusiva, o Instituto Alana encomendou ao Datafolha uma pesquisa inédita. 86% das pessoas acreditam que as escolas se tornam melhores ao incluírem crianças com deficiência. Os resultados do levantamento mostram um amadurecimento sobre o tema.

A educação inclusiva é aquela que entende que todos os alunos, com ou sem deficiência, podem aprender juntos. Essa é a percepção de 76% dos brasileiros, que concordam que as crianças com deficiência aprendem mais estudando junto com outros alunos sem deficiência. Para isso, as escolas devem considerar as diversas necessidades dos estudantes e garantir uma boa educação a todos em ambientes comuns de ensino. O educador tem um papel fundamental nesse processo e esse também é o entendimento de 71% da população, que concorda que os professores têm interesse em ensinar crianças com deficiência.

Além disso, as pessoas sem deficiência que convivem com alguém com algum tipo de deficiência têm uma atitude ainda mais receptiva à educação inclusiva. A pesquisa revela que 93% daqueles que convivem com pessoas com deficiência na escola são favoráveis à ideia de que esses ambientes se tornam melhores quando promovem a inclusão, em comparação com 85% de concordância das pessoas que não têm contato com pessoas com deficiência em lugar nenhum.
A diversidade é transformadora e traz benefícios que se refletem na percepção da sociedade, inclusive, acerca dos direitos das crianças. A pesquisa aponta que 68% das pessoas discordam da ideia de que crianças com deficiência atrasam o aprendizado das que não possuem deficiência. 59% não concordam que seja melhor para as crianças com deficiência estudarem em escolas separadas. Outros 60% entendem que a escola não pode escolher se aceita, ou não, matricular uma criança com deficiência.
Para Raquel Franzim, coordenadora da área de Educação do Instituto Alana, é importante valorizar a máxima de que a escola boa é aquela que atende todos os estudantes, com ou sem deficiência. “A pesquisa indica o apoio da sociedade brasileira para a educação inclusiva. Não há como retornar ao modelo em que pessoas com deficiência ocupavam espaços e escolas separadas. A população compreende que, na escola comum, a diversidade é uma grande oportunidade para todos aprenderem mais”, afirma.
A pesquisa ouviu mais de dois mil homens e mulheres, acima de 16 anos e de diferentes realidades socioeconômicas em 130 municípios brasileiros. Os entrevistados responderam se concordavam ou não com dez afirmações sobre educação inclusiva. O resultado completo da pesquisa está disponível gratuitamente no site do no site do Instituto Alana.
Com informações de assessoria de imprensa.

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