21 de março, Dia Internacional da Síndrome de Down

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Nesta semana, no dia 21, comemoramos o Dia Internacional da Síndrome de Down. Vale aqui ressaltar o porquê da escolha desse dia. A Síndrome de Down é causada pela trissomia (três exemplares) do cromossomo 21, como eu já descrevi na coluna “Nota de esclarecimento: Síndrome de Down”, que foi publicada em 26 de outubro de 2015. O cromossomo 21 e seus 3 exemplares originaram a data: 21.03.

Pelo décimo ano consecutivo, comemoramos esse tão importante dia. Nesse ano, o tema foi: “Meus amigos, minha comunidade”. Muitos devem estar se perguntando, qual a razão de tal comemoração? Afinal, estamos falando de uma síndrome genética. Simples, e posso responder com apenas uma palavra: visibilidade. Talvez duas: visibilidade e conhecimento. Não temos como falar de conhecimento sem nos remetermos à filosofia. Sócrates dizia que o conhecimento deveria vir de dentro para fora para ser verdadeiro, bastando, para isso, usar a razão. Para ele, a essência do homem era a alma e, por alma, ele entendia a razão. O filósofo considerava que a virtude se adquiria por meio do conhecimento, e o vício, a falta dele. Desse modo a ciência e o conhecimento aperfeiçoam a alma e a razão, condição fundamental para se fazer o bem.

É exatamente para levar conhecimento e conscientizar as pessoas que essa data existe. A Síndrome de Down não é uma doença, logo, ninguém sofre de Síndrome de Down, não existem vítimas aqui. A Síndrome de Down não é contagiosa e ninguém é o culpado pela sua ocorrência.

Como toda síndrome genética pessoas com Síndrome de Down têm características em comum e são suscetíveis a algumas patologias. Portanto, é importante que pais e familiares estejam atentos a determinadas características dessa população desde o nascimento. A intervenção precoce fará toda diferença no futuro dessas crianças. Na escola, é importante que os professores tenham conhecimento sobre a Síndrome, quais suas manifestações. Quem sabe o que procura valoriza aquilo que acha. Estando atento às possíveis alterações planos de ação podem ser traçados, e o resultado final, certamente, será positivo. E tenho certeza de uma coisa: muito temos a aprender juntos.

Se pudéssemos listar todas as características da população em geral e das pessoas com síndrome de Down, iríamos perceber que os traços que se assemelham são em número muito superior aos que diferem. Todos somos seres únicos e com características individuais. Cada um de nós tem necessidades particulares e que devem ser respeitadas.

Não existem limites. A inclusão escolar e no mercado de trabalho é uma realidade. Adolescentes amam e sofrem de amor. Convivem com sua turma de amigos, divertem-se e crescem com autonomia. Com a maturidade, desejam se casar e constituir uma família, por que não?

Não existem verdades absolutas, certezas podem ser paralisantes. E é esse engessamento que nos tira a visão crítica do mundo. Quando nos abrimos ao que não conhecemos, construímos conhecimento e podemos interferir de maneira positiva no meio que vivemos.

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