Tchau.
Tchau para o ano de 2016 que, depois de algumas alegrias e várias tristezas, finalmente acabou.
Alegrias como a crescente luta por acessibilidade e contra o capacitismo*, no Brasil e no mundo, fortalecida ainda mais pelas Paralimpíadas do Rio, trouxeram nova luz ao tópico de representatividade correta de pessoas com deficiência. E tristezas como a perda de diversas figuras que trouxeram força a essa luta, como Carrie Fisher, a Princesa Leia de Star Wars (ou Guerra nas Estrelas, como queira), que fora diagnosticada com Transtorno Bipolar nos anos 1990 e, continuamente, desafiava os estereótipos a ela associados.
Figuras como Carrie, os diversos youtubers que discutem capacitismo na internet e espaços como o nosso querido Vida serão ainda mais importantes nessa nova fase em que entramos, onde um candidato à presidência ataca verbalmente um repórter do New York Times que o descreditou ao fazer piada com sua deficiência.
O movimento para os direitos das pessoas com deficiência ainda é jovem e, portanto, tem muito a crescer e se desenvolver. Os próximos anos, começando com esse novo ciclo de 2017, serão de grande importância para todos nós, as minorias, em frente às vozes radicais que mostram suas garras e tentam apagar nossas vontades.
Não acredito que seja necessária violência. Isso raramente leva a conquistas concretas de longo prazo. Basta colocarmos o poder sob pente fino e garantir que sejamos, todos nós das minorias, incluídos nos planos para o futuro do mundo e do nosso Brasil. Pois sim, eu ainda acredito no Brasil.
Oi, 2017.
E que, apesar de tudo, você traga a luz para iluminar o futuro.
Que a Força esteja com todos nós.
*Capacitismo é o preconceito com as pessoas com deficiência. Para entender melhor, indico o vídeo da Mariana Torquato, do canal Vai uma Mãozinha Aí?.