Breno Viola: na luta pelo judô, inclusão e artes


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Ele é o primeiro judoca com síndrome de Down das Américas a conquistar a faixa preta nesse esporte. É também um dos protagonistas do filme Colegas, que fez bastante sucesso em 2013. Conheça um pouco mais sobre sua história.

Por Daniel Limas, da Reportagem do Vida Mais Livre.

O carioca Breno Viola, de 33 anos, é dono de dois feitos muito importantes. Em 2002, ele foi o primeiro judoca com Síndrome de Down das Américas a conquistar a faixa preta nesse esporte. Em 2013, foi um dos protagonistas do primeiro filme brasileiro estrelado por atores com Síndrome de Down, Colegas, que conta a história de três jovens que embarcam em uma viagem em busca de seus sonhos.

Colegas foi seu primeiro longa-metragem, e ele contracenou com Ariel Goldenberg e Rita Pokk, que também têm Síndrome de Down, e com outros atores mais experientes, como o Lima Duarte e Juliana Didone. “Pra mim, foi muito importante ter participado desse projeto, principalmente, porque me senti completamente integrado e incluído com os outros atores”, relembra Breno.

Ele, que sempre gostou de imitar os atores quando estava em casa, e já tinha participado da novela Páginas da Vida, da TV Globo, recebeu o convite diretamente do diretor do filme, Marcelo Galvão, após ter dado uma entrevista sobre judô no canal de TV a cabo, Combate.

Por falar em lutas, seu currículo é extenso. Ele já participou das Olimpíadas para Deficientes Intelectuais, que aconteceu na Grécia, e ficou com o 4º lugar, além de ser bicampeão mundial em sua categoria. Em 2006, conquistou o título da edição italiana do Judô Para Todos, em sua categoria, e o terceiro lugar no Absoluto. Em 2007, novo ouro na competição. Em 2011, ficou em quarto lugar no Special Olympics Summer Games. Em 2013, ficou com o bronze na etapa italiana do Judô Para Todos.

“Minha história com o judô começa quando eu tinha três anos de idade, por influência do meu irmão mais velho, que já treinava. Segui o exemplo dele, pois sempre tive meu irmão mais velho como grande inspiração”, orgulha-se. Hoje, além das muitas conquistas, pódios, vitórias e medalhas possibilitadas pelo esporte, Breno fez um curso de arbitragem, necessário para alcançar a graduação terceiro dan do judô.

Na sua rotina diária, não apenas o esporte está sempre incluído. “Eu acordo cedo, tomo café da manhã e vou para a academia fazer musculação. Depois volto para casa, tomo banho, almoço e vou para o trabalho, onde atuo como autodefensor no Movimento Down. De lá, vou para o Flamengo treinar judô”, enumera.

No Movimento Down, projeto que reúne informações e esforços para apoiar o desenvolvimento e a inclusão de pessoas com síndrome de Down, Breno trabalha fazendo palestras e contando sua história, de forma a explicar melhor a síndrome e mostrar que essas pessoas são capazes de ter uma vida independente e feliz. “É só dar oportunidade. Estou muito feliz por trabalhar aqui. É muito bom trabalhar com quem te inspira – no caso, com Maria Antônia Goulart, coordenadora do movimento. Foi ela que começou todo o processo do Movimento Down, reunindo muitos profissionais para trabalhar em prol da síndrome de Down”, explica Breno, que, em agosto de 2012, foi o único palestrante a representar a América Latina no 11º Congresso Mundial sobre síndrome de Down (WDSC 2012), realizado na África do Sul.

O judoca estudou em escolas comuns até concluir o Ensino Fundamental, quando os estudos passaram a ficar mais puxados e optou por estudar em escola especial. Da escola, guarda boas lembranças: “Fiz muitos amigos e tenho saudade deles. Apesar de ter passado por um pouco de dificuldade no início, porque não queriam me aceitar na escola e algumas crianças implicavam comigo. Mas depois ficou tudo bem”, lembra.

Ao falar sobre dificuldades, Breno, novamente, serve como exemplo e possibilita a reflexão: “Dificuldade todo mundo tem, não é? Cada um tem seus próprios problemas, e eu também tenho os meus”, pontua. Para o futuro, sonha “que o Movimento Down cresça nas redes sociais e que as pessoas acessem mais o portal. E também que as pessoas com síndrome de Down sejam mais incluídas na sociedade. Também sonho que a filha da Maria Antônia e a filha da Patrícia Almeida, também do Movimento Down, sejam autodefensoras melhores do que eu”, finaliza.


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